segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Mantiqueira pode virar Parque Nacional



O Instituto Chico Mendes, órgão ligado ao Governo Federal, apresentou ontem o projeto de criação do Parque Nacional do Altos da Mantiqueira a prefeitos da região. A proposta tem como meta preservar a área de Mata Atlântica na divisa entre os Estados de São Paulo e Minas Gerais e ainda oferecer uma opção de turismo ecológico à região.

O Parque Nacional teria 86 mil hectares de área de preservação integral. Atualmente, 40% da mata desse território já são declaradas, por meio de decreto, áreas de preservação ambiental. O projeto, que só deve ser concretizado em 2010, foi apresentado ontem aos prefeitos de Piquete e Campos do Jordão e representantes das cidades de Cruzeiro, Guaratinguetá, Lavrinhas, Pindamonhangaba, Queluz, Cachoeira Paulista e Santo Antônio do Pinhal.

Amanhã um novo encontro está agendado com lideranças das cidades mineiras, na sede da Floresta Nacional de Passa Quatro (MG). Uma das principais questões levantadas ontem pelas prefeituras do Vale refere-se às pequenas comunidades que estariam instaladas na área demarcada pelo Governo Federal para compor o Parque Nacional do Altos da Mantiqueira. As prefeituras deverão fazer o levantamento de possíveis ocupações.

Segundo o instituto caso seja constatada a presença de comunidade nas áreas demarcadas, um novo traçado deve ser feito visando não prejudicar a população. Já possíveis imóveis isolados instalados dentro da área poderão ser desapropriados. Outro aspecto debatido no encontro foi a liberação de áreas próximas ao local para fomento ao turismo, como restaurantes, hotéis e pousadas.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Gentileza gera gentileza!!!!



Gentileza gera gentileza, já dizia o "profeta" José Datrino, conhecido nas ruas do Rio de Janeiro como uma figura folclórica.
Um andarilho que viveu por 40 anos nas ruas da cidade pregando a boa convivência entre os homens.



Seu legado também caiu na voz de Marisa Monte. A cantora usou a música como forma de protesto quando suas obras urbanas foram apagadas dos muros da cidade maravilhosa. Apesar de ter falecido em 1996, Gentileza é e deve ser lembrado, uma forma de nós refletirmos sobre boas atitudes que fazem a diferença.
Agradecer um e-mail ou convite, cumprimentar as pessoas ou mesmo pedir licença são hábitos simples, no entanto esquecidos por muita gente. Mas hoje, 13 de novembro, é um dia feito especialmente para muita gente lembrar de ser gentil.



A ideia veio de um grupo de pessoas de vários países que se reuniram em Tóquio, em 1996. Juntos, eles prepararam uma declaração do movimento e também realizaram uma conferência quando foi estabelecida a data oficial do "World Kindness Day" (Dia da Gentileza).

A ABQV (Associação Brasileira de Qualidade de Vida) é a responsável oficial pela celebração no Brasil. Conforme o presidente, Alberto Ogata, a proposta de estimular a gentileza entre pessoas e grupos em seus países e comunidades leva a melhoria das relações interpessoais e, conseqüentemente, da qualidade de vida de todos. "A associação tem como objetivo influenciar processos de transformações sociais e organizacionais", afirma Ogata.
Inclusive, eles elaboraram um teste especialmente para você observar o quanto está o seu "grau" de gentileza. Seja sincero ao fazê-lo e perceba que não é tão difícil assim ser gentil.

1. Você está fazendo uma apresentação em uma reunião interna e se depara com uma enxurrada de opiniões contrárias de um colega de trabalho. Você:
a) Não o deixa terminar e retruca imediatamente sobre suas considerações. (0 pontos)
b) Escuta suas opiniões e pede a palavra ao fim para defender suas idéias. (5 pontos)
c) Fica interrompendo para discordar. (3 pontos)

2. Na mesma reunião, um colega apresenta tópicos e decisões com as quais não concorda. Você:
a) Interrompe e inicia uma discussão com ele. (0 pontos)
b) Aguarda o final da apresentação para dizer suas considerações. (5 pontos)
c) Não interrompe, mas indica sua discordância por meio de sua postura e expressões. (3 pontos)

3. Você está a caminho de um ponto de táxi, e para variar, está atrasado. Um idoso anda vagarosamente para o mesmo ponto. Você chega mais rápido e só tem um táxi no local. Você:
a) Aguarda o idoso e fala para o motorista levá-lo, já que ele estava a caminho primeiro. (5 pontos)
b) Pega o táxi, já que chegou primeiro. (0 pontos)
c) Pergunta ao idoso se poderia passar à frente e pegar aquele táxi, mas se ele também estiver com pressa, aguarda outro táxi. (3 pontos)

4. Aguardando o elevador no edifício da empresa, há uma pessoa com deficiência visual. Você:
a) Coloca-se a disposição para auxiliar. (5 pontos)
b) Fica por perto para checar se ela precisa de ajuda. (3 pontos)
c) Ignora a situação. (0 pontos)

5. Um pesquisador liga no seu ramal para que responda a algumas questões, mas você está sem tempo. Você:
a) Diz que não pode atender. (3 pontos)
b) Desliga bruscamente. (0 pontos)
c) Pede desculpas e diz ao pesquisador que no momento você está sem tempo. (5 pontos)

6. No meio da tarde, durante o expediente, você levanta para tomar um café. Você:
a) Vai sozinho. (0 pontos)
b) Pergunta ao seu colega se quer ir tomar café. (3 pontos)
c) Traz o café para o colega e tomam juntos. (5 pontos)

7. Você está em férias e seu colega telefona mais de uma vez para seu celular pedindo informações sobre suas tarefas. Você:
a) Conversa, de maneira franca mas respeitosa, sobre a possibilidade da solução dos problemas após o seu retorno. (5 pontos)
b) Atende os telefonemas, mas responde com rispidez. (3 pontos)
c) Não atende. (0 pontos)

8. Você está saindo da garagem atrasado para ir trabalhar e uma pessoa com um carrinho de bebê está prestes a atravessar à frente do seu carro:
a) Você espera pacientemente ela atravessar. (5 pontos)
b) Espera, mas vai acelerando e sai arrancando assim que possível. (3 pontos)
c) Sai rapidamente antes que ela comece a atravessar. (0 pontos)

9. O elevador chega e você percebe que um colega de trabalho está vindo, carregando muitas pastas: Você
a) Programa outro elevador ou o ascensorista para que chegue a tempo de atender em seguida o colega com as pastas - e toma seu elevador. (3 pontos)
b) Sobe rapidamente. (0 pontos)
c) Aguarda-o e segura a porta para que ele entre com mais facilidade. (5 pontos)

10. Você está em um almoço com seu cliente e um colega de trabalho. O seu colega acidentalmente entorna o copo de água sobre a mesa. Você:
a) Ajuda a resolver o problema e faz um sinal discreto para o garçom. (5 pontos)
b) Ignora a situação. (3 pontos)
c) Mostra-se irritado. (0 pontos)

Resultados:

De 0 a 25 pontos:
Busque refletir sobre suas atitudes. Ajudando as pessoas, pode-se reduzir a agressividade e a tensão nas relações. As atitudes que tomamos em nosso dia-a-dia têm impacto em nosso corpo. Assim, a gentileza ajuda a melhorar o stress e a saúde das pessoas. Relaxe um pouco e exercite, diariamente, pequenos gestos de gentileza. Você vai perceber que, além colaborar com as pessoas, vai tornar o ambiente mais saudável e produtivo.

De 26 a 40 pontos:
Você está no caminho certo. Em seu dia-a-dia falta somente um pouco mais de atenção aos detalhes. Mesmo que você esteja atarefado(a) ou com pressa, a gentileza aquece, transforma as relações e aumenta seu bem-estar. Desenvolva ainda mais seu interesse pelo outro, exercitando a cortesia e o altruísmo. Quanto mais gentil, maiores e mais prazerosas serão as conquistas da equipe.

De 41 a 50 pontos:
Parabéns, você sabe como ser gentil com todos os que te rodeiam. As pessoas o vêem como uma pessoa agradável e o admiram como colega e líder. Você demonstra ter disponibilidade e abertura para o outro, gerando confiança. Sua gentileza torna o ambiente melhor e os resultados mais efetivos.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Anfíbios são os mais ameaçados de extinção, diz ONG


Os anfíbios formam o grupo mais ameaçado de extinção, segundo um relatório de biodiversidade da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, na sigla em inglês), divulgado nesta ter ça-feira.
A ONG analisou 47,6 mil espécies que integram a Lista Vermelha da organização e afirmou que quase 18 mil correm sério risco de extinção - entre eles 21% de mamíferos, 30% de anfíbios, 12% dos pássaros, 28% dos répteis e 37% dos peixes.
Entre os anfíbios, das 6,2 mil espécies que integram a lista, cerca de 1,9 mil estariam em perigo de extinção. Destes, 39 já estariam extintos ou extintos no habitat natural e quase 500 estariam "seriamente ameaçados".
"A prova científica de uma crise séria de extinção está se acumulando", disse Jane Smart, diretora da IUCN.
Segundo ela, a análise recente mostra que a meta de biodiversidade para 2010 não será cumprida.

Lista

A Lista Vermelha é considerada a avaliação mais conceituada e séria sobre o estado das espécies que habitam o planeta.
Além dos anfíbios, apontados neste ano como o grupo mais ameaçado, o documento sugere ainda que entre os mamíferos, a situação também é preocupante.
Dos cerca de 5,5 mil mamíferos presentes na Lista, 79 estariam extintos ou extintos no habitat natural e 188 estariam "seriamente ameaçados".
Entre os répteis, dos 1,6 animais listados, 22 já estão extintos e cerca de 460 estariam ameaçados.

"Já chegou a hora dos governos começarem a agir com seriedade para salvar as espécies e garantir que isso estará no topo das prioridades porque estamos ficando sem tempo", disse Smart.

"Na nossa vida, nós mudamos de nos preocuparmos com um número relativamente pequeno de espécies seriamente ameaças para o colapso de ecossistemas inteiros", disse Jonathan Baillie, diretor dos programas de conservação da Zoological Society, de Londres.

"Em que ponto a sociedade vai realmente responder a essa crise crescente?", disse.

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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

As formigas que destruíram uma ilha



Um estudo publicado na semana passada na revista australiana "Biology Letters" causou alarde na comunidade científica mundial. Coordenada pelo ecólogo Dennis O'Dowd, da universidade Monash, em Melbourne, a pesquisa revela que o ecossistema da pequena ilha Christmas, um território da Austrália próximo à Indonésia, entrou em colapso pela ação e voracidade de uma invasora bastante incomum que não tem mais que quatro milímetros de comprimento: a formiga-louca amarela (Anoplolepis gracilipes). Introduzido na ilha acidentalmente pelo homem nas primeiras décadas do século XX, esse inseto consome o néctar de plantas e frutas, além de atacar pássaros e crustáceos como o grande caranguejo-vermelho, espécie que migra para a região em sua temporada de acasalamento. A formiga-louca amarela não ganhou tal nome popular por acaso: ele surgiu graças aos seus movimentos erráticos. Detalhe: quando ataca suas presas, sempre o faz em "bando". Estima-se que mais de 30% do solo das florestas tropicais da ilha Christmas já esteja tomado por supercolônias dessa espécie de formiga.

Em um estudo anterior, os pesquisadores concluíram que cerca de 2,3 mil exemplares ocupam um metro quadrado de área. É um recorde mundial. "O impacto das formigas na biodiversidade local ramifica-se de forma extraordinária", diz O'Dowd.

O novo estudo não levou em conta os ataques diretos das formigas, mas sim o seu efeito colateral em pássaros. Os pesquisadores implantaram pequenas frutas de argila nas árvores e constataram que aquelas situadas em áreas ainda não infestadas pelas formigas são duas vezes mais bicadas pelas aves. Ou seja: os pássaros já aprenderam que não vale a pena pousar em um local repleto de insetos - eles também correm o risco de virar refeição. Pior: as aves são as principais difusoras das sementes pela ilha e, quanto menor a sua circulação, menor será o número de novas árvores no futuro. A projeção é assustadora, já que os pássaros simplesmente abandonam o ecossistema e partem para áreas livres de formigas. Mais: os cientistas relatam em detalhes a tática usada pelo invasor no ataque a pequenos vertebrados e crustáceos. Como não possuem ferrões, os insetos borrifam ácido fórmico nos olhos das "vítimas" para cegá-las e depois devorá-las. "Invasões desse tipo são mais comuns do que imaginamos, mas é difícil testemunharmos efeitos tão drásticos", diz Adriano Paglia, biólogo da Conservação Internacional no Brasil.

"O fenômeno é a principal causa de extinção de espécies em ilhas oceânicas, assim como ocorreu com o dodô (ave não-voadora extinta no final do século XVII nas Ilhas Maurício)." Quando se fala da Oceania, isolada durante milhares de anos, a situação fica ainda mais complexa, uma vez que diversas espécies introduzidas pelo homem tornaram-se pragas.

Há tempos os ambientalistas acompanham com temor a situação na ilha Christmas. Seu território de 135 quilômetros quadrados é habitado por aproximadamente 1,4 mil pessoas e casos de cegueira em crianças que entraram em contato com o ácido fórmico das formigas foram registrados. A primeira supercolônia desses insetos foi descoberta em 1989, mas o quadro se deteriorou a partir de 1996. Estimase que cerca de 30% da população original de caranguejos-vermelhos tenha sido dizimada.

"Tenho esperança de que veremos um futuro melhor para as espécies ameaçadas na ilha", disse em comunicado oficial o ministro australiano do Meio Ambiente, Peter Garrett - exvocalista da banda Midnight Oil e hoje notório ativista ambiental. Ele anunciou que o governo de seu país planeja um novo ataque à praga. A única forma de se combater a formiga-louca amarela, no entanto, é com métodos agressivos como a borrifação de inseticida por via aérea. Dessa estratégia já se valeu no passado. Infelizmente sem sucesso.

Ecologicamente corretos ou fanáticos????


[Concordo em defender animais/proteger nossa mata...mas nada pode ser visto ao extremo!
Tudo tem seu meio termo e uma saída pacífica!!]

O lado b dos ecológicos
Pesquisa revela que os defensores da causa ambiental são mais egoístas e se sentem superiores

No mundo de hoje, não é mais possível viver sem o mínimo de consciência ambiental. Reciclar lixo, evitar o uso de sacolas plásticas, economizar água e luz e modificar hábitos que impactam a natureza são atitudes cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas. E urgentes, num planeta que vem mostrando sua revolta pelos abusos sofridos.

Por isso, manifestações como a realizada pelo Greenpeace na terça-feira 13, em Brasília, pedindo ao presidente Lula que compareça à Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), na Dinamarca, em dezembro, com metas concretas contra o aquecimento global, são fundamentais.

Mas não significa que os defensores do meio ambiente possam passar dos limites na hora de tentar doutrinar os demais. Há quem se ache no direito até de agir com violência. A maioria acredita ser melhor do que o resto da humanidade. Será? Um estudo da Universidade de Toronto, no Canadá, indica que eles podem não ser tão evoluídos como se autoproclamam.

A pesquisa, recémpublicada na revista científica "Psychological Science" e realizada com 305 estudantes, apresenta uma conclusão curiosa: aqueles que compraram produtos ecologicamente corretos demonstraram um comportamento menos altruísta e mais propenso a mentir do que os consumidores de produtos convencionais.

Em um dos experimentos, as pessoas apenas expostas aos produtos verdes, sem comprá-los, dividiram uma quantidade maior de dinheiro em um jogo do que os consumidores de compras conscientes. Esses últimos disseram, inclusive, ter menos verba do que realmente guardavam. "Não estamos colocando o dedo na cara de quem compra produtos ecologicamente corretos", disse à ISTOÉ a professora de marketing Nina Mazar, autora do estudo.

"Desejamos mostrar que uma atitude correta no final do dia não faz alguém moralmente melhor." Nina destaca que a pesquisa não é um ataque ao movimento verde. É, porém, um alerta de que o comportamento repressor das pessoas deve ser reavaliado.

Não apenas quando se trata de meio ambiente, mas em todos os campos nos quais há pressão sobre o indivíduo para seguir um c aminho s em questionamentos, como acontece também na política e na religião. "A doutrinação persistente tira a autonomia e a liberdade de as pessoas fazerem escolhas", diz a educadora ambiental Vera Catalão, coordenadora da Agenda Ambiental na Universidade de Brasília (UnB).

Mesmo que essa tentativa de conversão não seja exclusiva dos militantes ecológicos, a preservação da natureza é o principal tema da mídia contemporânea. E buscar espaço de maneira impositiva não angaria a simpatia de muita gente que se sente pressionada o tempo todo.

A personal trainer Luciana Soares, 33 anos, de São Paulo, acredita que algumas mudanças devem ser obrigatórias para salvar o planeta, como a proibição de carros poluentes. Ela também recicla lixo e economiza água, por exemplo. Mas se irrita com a exigência dos ambientalistas por inúmeros sacrifícios.

"Muito do que eles defendem, como fraldas de pano, é incompatível com a vida moderna", diz. "Acho um desrespeito querer enfiar teorias goela abaixo." Já a designer de acessórios Emy Kuramoto, de São José dos Campos, no interior paulista, se viu alvo de reações indignadas depois de postar no blog de seu ateliê o Tofu Studio, sua opinião sobre absorventes de pano.

"Acho um retrocesso", afirma. "Seria uma dificuldade enorme em nome de um benefício pouco expressivo." A designer não é alienada sobre as questões ambientais. Pelo contrário. Os móveis de seu estúdio de criação foram feitos por ela e o marido, Eduardo, com madeira certificada e tinta à base de água (menos poluente). "Há dogmáticos que se sentem no direito de fiscalizar os outros. Eu me sinto fiscalizada." Não se pode, porém, tachar todos os ecologistas de ecochatos.

"Há manifestantes que exageram, mas não é generalizado", diz Heloísa Torres de Melo, gerente de operações do Instituto Akatu, defensor do consumo consciente. Ela afirma que apontar problemas e sugerir soluções para que o consumidor se envolva de maneira positiva é o melhor caminho de conscientização. Heloísa não reprova ações como as da ONG Peta (sigla em inglês para Pessoas pelo Tratamento Ético aos Animais).

"São necessárias diversas linguagens porque cada pessoa é atingida de uma maneira", diz. Mas até uma das estrelas das campanhas se afastou em setembro do grupo. A top inglesa Naomi Campbell disse que deixou a organização após dois anos por achar que as imagens chocantes que ela divulga estariam indo longe demais.

O Peta é conhecido por ações agressivas que já chegaram a machucar fisicamente suas vítimas. Para Vera Catalão, é bom desconfiar de quem se acha dono da verdade. "É um mecanismo de defesa do indivíduo que não tem certeza do próprio poder", diz. Ela lembra também o valor de cada um fazer um pouco e transformar pequenas ações em uma mudança significativa. O radicalismo só provoca antipatia. E não ajuda ninguém a se sentir parte importante do planeta.

Coelhos são queimados para gerar biocombustível na Suécia



Coelhos estão sendo usados como matéria-prima para a produção de biocombustível para o aquecimento de casas na Suécia.
Os corpos de milhares de coelhos são queimados em uma usina de geração de energia na região central da Suécia.
Os animais vem da capital sueca, Estocolmo. A Prefeitura mata milhares de coelhos anualmente para proteger parques e campos na cidade.
As espécies de coelhos não são nativas da Suécia. De acordo com as autoridades, os coelhos sujam muitos dos espaços verdes da capital.
Como não há animais predadores de coelhos em Estocolmo, a Prefeitura contrata caçadores para matá-los.


Polêmica

Um dos caçadores, Tommy Tuvunger, disse ao site da revista alemã Spiegel que seis mil coelhos foram mortos no ano passado. Neste ano, três mil já foram caçados.
"Eles são um problema muito grande", diz Tuvunger. "Depois de mortos, os coelhos são congelados e, quando temos números suficientes, uma empresa vem e os leva."
Os coelhos são levados para a usina na cidade de Karlskoga, que os queima para fornecer energia para o aquecimento de casas.
Leo Virta, diretor da empresa Konvex, que fornece os coelhos para a usina, desenvolveu uma forma de processar os restos dos animais para a produção de biocombustível com financiamento da União Europeia.
Com a técnica, o corpo do coelho é esmagado, ralado e depois levado a uma caldeira, onde é queimado junto com pedaços de madeira e lixo para geração de calor.
"É um bom sistema, porque resolve o problema de lidar com o lixo animal e gera aquecimento", disse Virta à BBC.
O editor do jornal The Local, de Estocolmo, disse à BBC que a notícia do uso de coelhos para produção de biocombustíveis gera polêmica no país.
"Na cidade onde eles estão sendo queimados, a reação dos moradores é bastante calma", disse o editor James Savage.
"Mas em Estocolmo, existe a preocupação de que os coelhos são bonitinhos. Isso entre algumas pessoas, em especial ativistas de direitos animais, que pensam que esta não é uma boa forma de se tratar coelhos."

Jamaica vai transformar lixo em energia



O governo da Jamaica contratou uma empresa da Flórida para construir duas fábricas que transformarão lixo em energia.

As novas fábricas ajudarão o país a economizar 60 milhões de dólares por ano gastos atualmente com a importação de combustível.



O ministro de Energia James Robertson afirmou que as fábricas serão capazes de gerar até 18% da eletricidade consumida na Jamaica e eliminarão a necessidade de importar mais de 700 mil barris de combustível por ano.

Em comunicado, Robertson disse que a Cambridge Project Development, com sede em Miami, supervisionará a construção das fábricas próximas ao aterro sanitário Riverton, em Kingston.

Fonte: blog.eco4planet.com/2009/10/jamaica-vai-transformar-lixo-em-energia/
http://www.habitosehabitat.org/

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

PIRATAS DO CARIBE 4


Piratas do Caribe 4 vai sair. Se vai ter dinossauros ainda é uma incógnita, já que nada do roteiro foi divulgado. Mas uma coisa é certa, Johnny Depp estará no filme.

Isso mesmo, o capitão Jack Sparrow estará no quarto filme da franquia, que pelo visto só terá ele dos outros três filmes. Isso porque a idéia é mostrar uma história só do cara, deixando o romantismo do casal Orlando Bloom/Keira Knightley de fora.

E, mesmo que a tendência não fosse essa, a atriz também não cogita estar no próximo filme: “Eles (os 3 Piratas) foram maravilhosos, mas eu acho que eu não posso mais usar aqueles corsetes por um tempo. Eu tive uma jornada maravilhosa com os três filmes, mas acho que é hora de fazer coisas diferentes”.

Portanto, Piratas do Caribe 4 deve ter Jack Sparrow bebendo rum e arrumando confusão sozinho. E o fato é que eu quero ver.

http://www.entretendo.com/piratas-do-caribe-4-johnny-depp-confirmado-e-keira-knightley-quase-fora/

domingo, 27 de setembro de 2009

Após um giro pelo Brasil, o Teatro Mágico retorna a Capital Paulista



Depois de um ano de turnê pelo país afora, realizando espetáculos e debates em diversas regiões, a trupe d'O Teatro Mágico retorna à capital paulista para realizar o pré-lançamento de seu novo DVD oficial, "O Teatro Mágico - Segundo Ato"

As apresentações irão acontecer nos dias 24 e 25 de outubro no Memorial da América Latina (palco dos lançamentos anteriores do CD "Segundo Ato" e do DVD "Entrada para Raros"), local onde a trupe apresentou-se diversas vezes.

Guardadas as proporções, a trupe vem construindo mais proximidade com o seu público. Mesmo com muitas apresentaçoes na agenda, o que muitas vezes torna difícil o contato após o show, a trupe com freqüência supera o cansaço para estar próximo e conversar com quem realmente permite que a arte do Teatro Mágico continue a viver. Os debates sobre música livre, acesso aos bens culturais e as articulaçoes em torno do Movimento de MPB (Música para Baixar) tem se propagado nas rotas por onde passa o TM!

Sobre as muitas perguntas que surgem sobre o projeto... Fernando Anitelli responde:
“Somos uma trupe com muitas influências no palco e fora dele. Nosso conceito de arte multi-linguagem com o circo, a poesia, o teatro, a música (e o que mais couber no palco!) é bem assimilada por quem interage conosco. Também estamos agregando valor ao nosso trabalho abordando vários temas fundamentais para a atualidade! é a coisa do "Artivismo", portanto, tudo que estamos vivendo é fruto de muito trabalho colaborativo”.

Recentemente o grupo fez uma música totalmente ao vivo na internet. Letra feita com colaboração de twitteiras(os), arranjos da trupe e no estúdio na gravação online contou com dicas de internautas. O primeiro show onde a música foi executada também contou com transmissão direta pela rede. A idéia inicial do compositor Anitelli foi de "construir uma experiência interativa, onde o público pudesse conhecer toda a cadeia produtiva e dar sugestões para a música, e o resultado em todas as etapas foi além do esperado!.” O entendimento de que foi emocionante e abre mais um capitulo na história da trupe é generalizado.


O show será mais um momento histórico na cidade de São Paulo. Estão guardadas muitas surpresas, e quem comparecer, certamente poderá viver o momento e contar esta história.

Serviço:

O que? Show da trupe d'o Teatro Mágico

Quando? 24 e 25 de outubro 2009 às 21h

Onde? São Paulo/SP - Memorial da América Latina - Avenida Auro Soares de Moura Andrade, 664 - Barra Funda


Ingressos:


1º Lote

Inteira -R$ 40
Meia - R$ 20
Promocional- R$30

Informações:

http://www.oteatromagico.mus.br/
imprensa@oteatromagico.mus.br

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Testes em animais

"CRESCE O NÚMERO DE ANIMAIS EXPLORADOS EM PESQUISAS"
Apesar dos esforços de inúmeras organizações de direitos animais, o número de empresas e laboratórios científicios que ainda utilizam cobaias parece estar crescendo. No começo da conferência mais importante sobre o desenvolvimento de alternativas ao uso de cobaias, grupos de defesa animal expressaram sua preocupação sobre o número crescente de animais explorados em experimentos.

Durante o sétimo congresso de alternativas e uso de animais nas ciências da vida, (7th World Congress on Alternatives & Animal Use in the Life Sciences) que aconteceu em Roma entre 30 de agosto e 03 de setembro, o Eurogroup for Animals disse estar esperançoso que o evento, que reuniu representantes mundiais de ONGs, da indústria e da ciência além de autoridades e tomadores de decisão, marcaria um novo capítulo para os animais usados em pesquisa.

“O aumento dos números mostra que depender da ciência não basta”, disse Sonja Van Tichelen, diretora do Eurogroup for Animals. “Estamos agora em uma encruzilhada onde decisões políticas devem ser tomadas para acelerar o progresso em direção à pesquisa sem animais. Uma estratégia coerente, combinada com uma colaboração mundial, é absolutamente essencial para atingir nossos objetivos.”

* Fonte: www.anda.jor.br/

MEGA NÃO



O Teatro Mágico não tem somente fãs. A banda tem verdadeiros adoradores da mistura entre música, circo e poesia. Tudo conseguido sem o apoio da mídia conservadora. Show a show, boca a boca e de e-mail em e-mail, com viralização na rede, o grupo conquistou uma legião de fãs pelo Brasil. No vídeo abaixo, gravado durante show em São Caetano ontem, dia 19/09, o líder do Teatro Mágico, Fernando Anitelli, chama todos os presentes para um Mega Não a censura na rede. E tem mais. Por fim uma música feita via Twitter com os seguidores da banda. Sem falar que o vocalista faz microposts durante os shows.


Para encontrar os shows do Teatro Mágico não precisa nem de endereço. Basta seguir pelas ruas os fãs vestidos com o figurino da banda e o nariz vermelho.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

SEGUNDA FEIRA SEM CARNE

Habitat e o Teatro Mágico criaram uma parceria para apoiar a campanha "SEGUNDA FEIRA SEM CARNE".
Esta é uma campanha universal, para vegetarianos e "não vegetarianos", qualquer pessoa pode participar e contribuir com o Meio ambiente e com sua própria saúde. Deverá ser celebrada todas as segundas-feiras. A intenção é incentivar as pessoas a deixarem de consumir carne uma vez por semana, fazendo assim sua contribuição com o planeta e com as pessoas, já que a produção de carne influencia no aquecimento global e na saúde de todos que a consomem.
É um convite a redescobrir sabores, ampliar o repertório de alimentos no cardápio das pessoas, deixar a carne de lado por um dia e testar novas receitas.

Objetivo:
Conscientizar as pessoas dos impactos sobre o meio ambiente, a saúde humana e os animais do uso de carne para alimentação e convidá-las a descobrir novos sabores. O que é:Um dia da semana em que as pessoas deixam de consumir carne de qualquer tipo.
Justificativa:
Entre outros impactos importantes para o meio ambiente, estima-se que, no mundo, a cada segundo, uma área de floresta tropical do tamanho de um campo de futebol seja desmatada para produzir carne de boi equivalente a 257 hambúrgueres. A criação de animais é uma forma ineficiente de produzir alimentos: para cada kg de proteína animal são necessários de 3 a 10 kg de proteína vegetal (milho, soja etc). Os benefícios para a saúde humana são consideráveis: uma dieta sem carne diminui em 31% a morte por infarto e 50% o risco de contrair diabetes entre outras doenças. Criados para abate, os animais levam uma vida de sofrimento, medo e privação, incompatível com a cultura da paz.

DIA MUNDIAL SEM CARRO 22/09/09



A edição deste ano do Dia Mundial Sem Carro, comemorado no dia 22 de setembro, será marcada por debates, protestos e diversas manifestações de rua, que vão ocorrer a partir do dia 17. As ações estão sendo organizadas por um coletivo, proposto pelo Movimento Nossa São Paulo e formado por dezenas de organizações (entre elas, Akatu, Campanha Tic Tac, Coletivo Ecologia Urbana, SOS Mata Atlântica, Respira São Paulo, Sesc e Transporte Ativo) e centenas de pessoas que já se engajaram na campanha. Qualquer cidadão pode participar das atividades propostas.
Mais do que estimular as pessoas a deixarem seus carros em casa durante um só dia, a idéia da campanha é marcar a luta por um transporte público de qualidade, por menos poluição do ar, por respeito ao pedestre, por mais ciclovias, enfim, pela mobilidade urbana.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Início da caça aos golfinhos reabre polêmica no Japão


Todo 1º de setembro, na pequena cidade de Taiji, na costa meridional da ilha japonesa de Honshu, uma nova estação de pesca começa: a temporada de golfinhos. Vinte e seis pescadores em 13 barcos encurralam algumas dezenas de golfinhos em uma pequena enseada e matam os animais a golpes repetidos com longos arpões e facões. A angra de 4,6 m² se ruboriza, como se repleta apenas de sangue.
No curso da temporada de seis meses, pescadores matam quase dois mil golfinhos e vendem a carne para supermercados locais a cerca de US$ 500 o golfinho. Os pescadores complementam sua renda capturando cerca de cem golfinhos vivos e vendendo cada um por dezenas de milhares de dólares para aquários no Japão, China, Coreia do Sul, Irã e Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
A mídia internacional não foi gentil com Taiji no passado e o documentário "The Cove", um vencedor do Festival de Sundance que estreou nos Estados Unidos no início deste mês, reabre antigas feridas. O filme acompanha uma equipe internacional de fotógrafos, mergulhadores e ativistas em sua missão de documentar a caça a golfinhos, enfrentando a oposição de autoridades municipais, policiais e pescadores de Taiji.
Os ativistas são liderados por Ric O'Barry, que treinou os golfinhos da popular série de TV da década de 1960 "Flipper". Após o final do programa em 1967, O'Barry se tornou um dos ativistas mais radicais do mundo contra a criação de golfinhos em cativeiro. Nos últimos anos, ele tem procurado acabar com a caça em Taiji, uma tradicional cidade baleeira do Japão.
A denúncia já partiu de outros: a Blue Voice, uma parceria do cineasta Hardy Jones e do ator Ted Danson, se opõe à caça em Taiji há anos. Assim como a organização ambiental japonesa Elsa Nature Conservancy. Em 2007, Hayden Panettiere, estrela da série "Heroes", foi outra que protestou na enseada de Taiji.
Muitos cientistas também se opõem à caça. Desde 2005, Diana Reiss, pesquisadora de comportamento animal do Hunter College - famosa pela descoberta de que golfinhos conseguem se reconhecer em espelhos - tem coletado a assinatura de centenas de cientistas ao redor do mundo para uma petição que planeja apresentar no próximo mês à secretária de Estado americana, Hillary Clinton.
"Essa caça é um caso extremo de crueldade animal", disse Reiss, que recebe fundos do Comitê de Pesquisa e Exploração da National Geographic. (A National Geographic Society controla a National Geographic News) Reiss, os produtores de "The Cove" e outros ativistas trabalhando em Taiji têm uma missão clara: acabar com a caça de golfinhos. Mas a prática é um assunto complexo e focar apenas em seu término deixa perguntas importantes sem respostas: quão disseminada é a caça de golfinhos? Quando e por que ela começou, e porque ela persiste? E qual efeito, se algum, a caça provoca na saúde dos golfinhos globalmente?
Tradição local de geraçõesO povo japonês caça golfinhos e seus parentes cetáceos maiores, as baleias, há centenas, se não milhares de anos. Há 10 mil anos, o fim da era glacial tornou o Japão um arquipélago, tornando o país cada vez mais dependente do mar com o crescimento populacional.
"Praticamente toda criatura marinha comestível foi explorada como alimento", disse o antropólogo e especialista da cultura pesqueira japonesa Theodore Bestor, da Universidade Harvard. Baleias e golfinhos estão arraigados na culinária, cultura e religião japonesa. Os animais eram objetos de celebração, rituais e arte. Tumbas e monumentos antigos a baleias e golfinhos podem ser encontrados por todo o país.
Diferente da caça a baleias - que se tornou uma indústria comercial de grande escala no século XX até a moratória internacional de 1986 -, a caça a golfinhos sempre foi uma atividade primariamente local, disse o antropólogo da Universidade de Oslo, Arne Kalland. Tradicionalmente, a caça a golfinhos tem sido uma prática isolada de algumas pequenas cidades pesqueiras, onde a carne do animal é muito apreciada.
Ironicamente, uma cidade japonesa onde o golfinho não era popular se tornou a primeira a atrair a atenção internacional à prática de encurralar golfinhos em uma enseada. No fim da década de 1970, os pescadores de Iki, pequena cidade em uma ilha a oeste de Taiji, passaram a considerar os golfinhos responsáveis pela queda dos estoques do charuteiro-do-Japão, apesar de não haver dados que sugiram que golfinhos tenham algum dia reduzido significantemente a população desses populares peixes. Em abril de 1979, a revista National Geographic publicou a imagem de uma enseada ensanguentada de Iki, mostrando golfinhos roaz estirados na praia.
No ano seguinte, Hardy Jones visitou Iki e filmou a matança. Ele enviou sua gravação para a CBS e, após o canal transmitir as imagens, mais de 200 repórteres de todo o mundo apareceram para cobrir a história. Nenhum golfinho foi caçado em Iki desde então. Em meados dos anos 1980, a maioria das outras cidades já havia abandonado a prática de cerco a golfinhos, disse Jones.
Algumas pararam pela escassez de golfinhos, que desapareceram com a pesca predatória ou foram espantados, ou ambos, mas a maior parte das cidades desistiu devido a toda a atenção negativa. Os cercos não valiam toda a dor de cabeça. Ainda assim, Taiji se recusou a parar: em 1980, pescadores mataram 11.017 golfinhos dessa forma.
Caça aos golfinhos pelo mundoNos últimos 25 anos, Taiji (com uma população de 3,6 mil) se tornou um ponto explosivo para ativistas dos direitos dos animais. Mas a cidade não é o único lugar onde pescadores matam golfinhos. Não é sequer o único local com uma enseada banhada de sangue. Todos os anos, pescadores nas Ilhas Faroe, província autônoma da Dinamarca, também encurralam e matam centenas de golfinhos em pequenas enseadas. Como em Taiji, a água fica escarlate.
Então por que a caça faroesa não atraiu o mesmo tipo de atenção internacional negativa? Para começar, a caça é metade da de Taiji, às vezes menor. Além disso, os pescadores matam baleias-piloto, que são tecnicamente golfinhos, mas não tão facilmente reconhecíveis quanto os seus primos roazes, que são a espécie mais comum e conhecida. A caça também é menos comercial. A carne é dividida igualmente entre famílias locais ao invés de ser vendida a supermercados, e não há venda de animais para aquários.
Além disso, as ilhas Faroe respeitam a proibição da caça comercial de baleias, apesar da Dinamarca querer que ela seja suspensa. O que também é o caso do Japão - e a oposição declarada de Tóquio à proibição tornou o país um alvo luminoso para ativistas antibaleeiros e, por extensão, defensores de golfinhos.
Mesmo dentro do Japão, a pesca em Taiji é pequena se comparada ao que ocorre no norte, onde arpoadores matam mais de 10 mil botos-de-dall todos os anos para alimentação - cinco vezes o saldo anual de Taiji. Mas como a caça no norte ocorre em alto mar, é difícil fotografá-la, tendo recebido bem menos atenção do que as enseadas sangrentas de Taiji.
A caça de golfinhos também tem lugar na subsistência de comunidades do Caribe e do Ártico. Pescadores matam golfinhos frequentemente no Peru - onde a pesca é ilegal -, mas dados sobre o número de animais mortos são difíceis de se obter.
Caça das Ilhas Salomão "insustentáveis"Nas Ilhas Salomão, golfinhos são mortos com regularidade por sua carne e dentes, usados como enfeite. Como em Taiji, pescadores vendem um pequeno número de golfinhos a aquários. A caça nas Ilhas Salomão é uma das menores do mundo - menos de 100 são mortos todo ano e cerca de uma dúzia é vendida a cativeiros -, mas representa um problema urgente para conservacionistas, já que a população local de golfinhos é de apenas de algumas centenas.
"É completamente insustentável", disse Taryn Kiekow, da equipe jurídica da Natural Resources Defense Council. O antigo treinador de "Flipper", Ric O'Barry, e o Earth Island Institute, têm feito lobby com as autoridades das Ilhas Salomão em prol do fim da caça.
No mundo, a maior parte das populações de golfinho está segura. De acordo com a International Union for Conservation of Nature, há provavelmente mais de seis milhões de golfinhos no planeta. Algumas espécies estão sob risco de extinção, mas a maioria está na casa das centenas de milhares, se não milhões.
"Qualquer um que disser que esses animais serão extintos por causa dessas caças não terá nenhum dado para sustentar esse argumento", disse a cientista de mamíferos marinhos da NRDC Liz Alter. Mesmo assim, ela alerta ser possível que a matança dos botos-de-dall no Japão prejudique subpopulações do animal, que ultrapassa um milhão de indivíduos no mundo todo.
"Não comam cheeseburguer"Shigeki Takaya, diretor-assistente da Divisão de Pesca em Alto Mar do Ministério da Agricultura, Floresta e Pesca japonês, que supervisiona a caça a golfinhos, disse que ainda não assistiu a "The Cove" - apenas ao trailer. Mas Takaya sabe o que os produtores do filme querem e recomenda-lhes que desistam.
"Qual a diferença entre uma vaca, um porco e um golfinho?", perguntou. "Não há diferença. Existe um mercado para o golfinho no Japão. Não é um grande mercado, mas é um mercado. O golfinho é um recurso e as pessoas precisam respeitar outras culturas. Em outros países se comem vacas. Mas nunca dissemos aos americanos: não comam cheeseburger. Nunca, jamais dizemos isso."
Reiss, do Hunter College, responde que a matança em Taiji precisa acabar simplesmente por ser desumana. Golfinhos são criaturas extremamente inteligentes que sentem dor e sofrimento, enfatiza. Ela escutou gravações subaquáticas da caça de encurralamento de Taiji e diz que os golfinhos emitem sofisticados avisos de aflição.
"A ciência precisa transcender as fronteiras culturais", acredita. A Associação Mundial de Zoológicos e Aquários (WAZA), com sede na Suíça, proibiu seus membros de adquirir golfinhos de Taiji. A Associação de Zoológicos e Aquários do Japão integra a mundial, mas a maioria dos aquários japoneses não faz parte da associação nacional.
Gerald Dick, diretor da WAZA, conversou com diversos diretores de aquários japoneses e disse que é difícil convencê-los a parar de comprar golfinhos de Taiji quando o custo deles é tão menor do que reproduzi-los em cativeiro. "Eles não enxergam a caça como algo particularmente cruel", disse ele. "Eles fazem isso há anos."
Os produtores de "The Cove" argumentam que se os visitantes dos aquários japoneses soubessem de onde eles conseguem seus golfinhos, as pessoas deixariam de frequentá-los. A caça de enseada de Taiji não é amplamente conhecida no Japão, dizem os cineastas, mas eles estão buscando um distribuidor japonês para o documentário.
Contaminação de mercúrioComo a maioria das formas de pesca, a caça a golfinhos não é regulada por nenhuma organização internacional. A Comissão Baleeira Internacional debate por anos se deve limitar a caça de cetáceos pequenos como golfinhos, mas encontra um impasse. A comissão foi criada em 1946 para controlar o mercado de óleo de baleia e depois assumiu a responsabilidade de impedir que a caça a baleias levasse à sua extinção. Mas as populações globais de golfinhos estão saudáveis.
No final das contas, talvez sejam os consumidores japoneses que acabarão com a caça de Taiji. Ativistas, cientistas e a imprensa japonesa têm documentado altos níveis de contaminação de mercúrio nos golfinhos do Japão. "The Cove" apresenta o biólogo marinho da Universidade Estadual do Oregon, Scott Baker, um antigo beneficiário da National Geographic Society que testou a carne de golfinho e detectou em 2005 que ela tinha quase 100 vezes a quantidade de mercúrio permitida pelas leis japonesas.
Mas o envenenamento por mercúrio não tem efeitos visíveis imediatos, portanto, apesar do governo japonês já alertar grávidas sobre o consumo de carne de golfinho, provavelmente vai demorar um tempo até que as pessoas desistam completamente de um alimento tão ligado à sua história e cultura. Até agora, o Japão - o maior caçador de golfinhos do mundo - nada fez para mostrar que vai acabar com essa antiga prática.
Tradução: Amy Traduções

quarta-feira, 29 de abril de 2009

quinta-feira, 2 de abril de 2009

CUIDADO COM AS SACOLAS PLÁSTICAS


Estamos consumindo um volume absurdo destas sacolas. O Brasil ainda está engatinhando na luta contra o consumo de sacolas plásticas. Pouquíssimas pessoas realmente evitam levar o item para casa. Na Europa, as pessoas tomam atitudes bem mais corretas. Na Itália, Alemanha, França e outros países, a plasticomania deu lugar à sacolamania. Quem não leva sua própria sacola para carregar as compras é obrigado a comprar na loja. O peço é salgado. Porque esta medida ainda não chegou por aqui?

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Matança de focas continua

Lamentavelmente a caça que estava proibida, recomeçou. A foto da IFW, uma organização protetora dos animais, mostra um navio de caçadores de focas carregado de peles do animal, no golfo de São Lourenço, no Canadá. As previsões projetam que cerca de 280 mil animais serão mortos. Embora estes animais não estejam ameaçados de extinção, outro motivo de preocupação é o Aquecimento Global, que até o fim do século deve ter grande impacto sobre as populações. Fonte:UOL




Congresso Bio


Revitalização do Símbolo do Biólogo


Em 2009 comemora-se 30 anos da regulamentação da profissão de Biólogo. Uma das atividades programadas para comemorar essa data é a revitalização do Símbolo da profissão. Sem perder a essência que faz do logo do CFBio uma marca tão forte e presente entre o Biólogo, sua revitalização pode ser percebida como uma agregação de valores.Começando pela forma que foi utilizada como base para os elementos: o círculo. Na simbologia das formas, representa a união e perfeição, daquilo que começa e acaba em si mesmo. Assim, ele condiz com a proposta do próprio Conselho, somando e interligando valores, laços e vínculos entre os profissionais representados por essa instituição. Também representa o movimento, a atividade, reproduzindo a busca por melhores dinâmicas entre as relações dos Biólogos. O azul, usado de forma mais clara no círculo, é uma cor profunda e calma, que a princípio, representa a água, mas que também passa a idéia de maturidade. O azul também é a cor da Biologia.A estrutura do DNA traz à tona um elemento sempre presente no cotidiano do profissional da área de Biologia. A base de sua estrutura forma um espermatozóide, que fecundando o óvulo (círculo azul) dá origem a uma nova vida, com toda sua complexidade – a essência da profissão do Biólogo.Fator de grande importância para qualquer ser vivo, sendo a base dos estudos biológicos, a natureza é representada pelas folhas da base do círculo. Sua cor, não poderia ser outra, senão o verde, pois é a cor universal para a representação da natureza, passando a idéia de frescor, harmonia e equilíbrio.A espiral, que se encontra dentro das folhas, é o símbolo da evolução e do progresso. O Biólogo sempre deve buscar novos estudos e pesquisas que possam atualizar seus conhecimentos e acrescentar informações úteis a sua profissão. Esse elemento também possui uma interpretação mais subjetiva, podendo ser traduzido de diferentes formas, como por exemplo, a representação de um caracol ou da asa de uma borboleta, mostrando a interação do Biólogo com a biodiversidade e o Planeta, na busca de sua conservação, manejo e sustentabilidade.O símbolo traduz conceitos que envolvem o cotidiano dos Biólogos e também a importância da vida para esses profissionais. Ao agregar valores de união e evolução à marca CFBio, busca-se demonstrar a forma dinâmica e pró-ativa de relacionamento do Sistema CFBio / CRBios com o Biólogo e a sociedade.
http://www.crbio01.org.br/cms/index.php#inicio

Você também pode fazer sua parte

Era uma noite bastante comum de um dia de semana quando motoristas na Rodovia Raposo Tavares presenciaram uma cena inusitada. Um homem saiu do seu veículo e parou o trânsito para ajudar um cão assustado a atravessar a pista. De seus carros, pessoas aplaudiram e parabenizaram o ato de compaixão do veterinário Márcio Carbuglio, de 29 anos. O cão seguiu pela outra margem da rodovia, são e salvo.
O que motivou Márcio foi evitar um problema muito comum entre os cachorros: os atropelamentos. Afinal, a terceira maior causa de morte canina em São Paulo, assim como é de se esperar em outras cidades grandes, são os traumas e acidentes. Como diz o professor de cirurgia veterinária do Hospital da USP, Cássio Ricardo Auada Ferrigno, atropelamentos lideram essa lista disparado, sendo bem mais frequentes que violência e quedas. São também a causa de até 20% das cirurgias realizadas no hospital, estima ele.
O veterinário Márcio, antes de fazer com que o cão chegasse a salvo do outro lado da pista, já havia resgatado cachorros que não tiveram a mesma sorte e foram atropelados. Entre eles, a cadela Tropelada (com 'T' mesmo), que está com ele há cinco anos. Ele estava saindo da mesma rodovia quando a viu sendo atingida por um carro. Parou para ajudar quando o motorista fugiu. O veterinário a amordaçou para evitar uma mordida e a levou para a clínica onde trabalha. Ela havia sofrido fratura no fêmur da pata esquerda e luxação na direita, portanto demorou para ficar boa. Quando ficou, Márcio levou-a para casa, onde cria mais três cachorros. Ele descreve a cadela como a mais alegre e obediente dos seus animais de estimação, esquecendo-se de citar as sequelas físicas bastante visíveis.
Tropelada deve saber que tem sorte. Apenas uma pequena parte dos cachorros atropelados chegam a um hospital ou clínica veterinária porque o resgate, além de ser perigoso, também acarreta em assumir o cão como sua responsabilidade, ainda que temporária, além dos gastos do tratamento. No caso de Márcio, o que o permite fazer essas boas ações é o fato de saber cuidar dos animais. "É muito raro um desconhecido encontrar um cão atropelado e resgatá-lo", afirma a veterinária Simone Franceschini, 32. "Acolhi uma cadela essa semana que foi encontrada e trazida pela mãe de uma veterinária". Simone diz que o tratamento não será cobrado já que a filha dessa senhora trabalha na mesma clínica, mas admite que, se fosse, não sairia por menos de R$ 800. Nem mesmo hospitais veterinários públicos, como o da USP, recebem cachorros tão machucados por caridade e sem que a pessoa que resgatou assuma o animal, já que eles são muitos, o tratamento é caro, demorado e ainda precisa-se encontrar um dono para acolhê-lo depois de curado.
Difícil sim. Impossível não
"Desci do carro para ajudar esse e outros cachorros porque eu estava ali. Não poderia ver um animal precisando de ajuda e simplesmente passar reto", diz Márcio sobre os cachorros que resgatou. Suas palavras poderiam ser ditas por muitas outras pessoas que amam animais e que certamente ajudariam a mudar essa situação, se soubessem como.
A primeira iniciativa é praticar a Posse Responsável. "A causa de tantos animais morrerem desse jeito é o abandono. Animal largado na rua está suscetível a ser atropelado. Não castrar os animais também aumenta a população canina que corre esse risco", diz o professor veterinário Cássio Ricardo. Se muitos donos não são responsáveis como deveriam, você pode adotar um cão abandonado e, provavelmente, salvá-lo desse destino.
Se puder, pare por um animal machucado e leve-o ao veterinário - boa parte das clínicas e hospitais veterinários praticam uma espécie de política de compaixão, o que significa que cobram muito menos em situações especiais como essas. No entanto, lembre-se que animais com dor podem ser agressivos. Faça uma mordaça com o seu cadarço para evitar mordidas.
Mesmo se não tiver condições financeiras, você pode ajudar. "Uma possibilidade é levar o animal para o Centro de Zoonoses", sugere o professor Cássio Ricardo. "Lá eles cuidam do acidentado e, quando não há tratamento possível, ele é sacrificado. Mas pelo menos não fica agonizando na rua", diz ele, que não consegue deixar um animal nesse estado e pára toda vez que vê um, ainda que seja para lhe dar um fim digno. Assim como nas cidades, levar para o Centro de Zoonoses é também a política de algumas concessionárias de estradas – outro cenário de muitos acidentes -, como a Ecovias. São resgatados por mês 190 animais em seus 177 quilômetros do complexo Anchieta-Imigrantes e desses 80% são cachorros, por exemplo. No entanto, eles oferecem o contato de seis veterinários da região para quem quiser resgatar um animal atropelado.
No caso de quem cuidaria de um cão machucado, mas não pode tê-lo em casa, a solução é encontrar para ele um dono depois de curado. Para isso, conte com o auxílio das ONGs de proteção animal. A Projeto Cel, por exemplo, organiza feiras de adoção de animais abandonados todos os finais de semana. "A maioria dos animais consegue sim arranjar um novo dono. Vale muito a pena salvar um cão ", afirma Eliete Brognoli, fundadora da ONG.
Embora o problema dos cães abandonados e com péssimas condições de vida ainda necessite de mais estrutura para ser solucionado, quem já cuidou e adotou um animal necessitado sabe que a gratidão deles faz realmente valer a pena. Então, o que você vai fazer da próxima vez que vir um cachorro machucado?

http://br.noticias.yahoo.com/s/01042009/48/entretenimento-conheca-historia-tropelada-vira-lata.html